terça-feira, 30 de setembro de 2014

Folguedos: Cultura Alagoana que o povo não conhece!



Os folguedos são caracterizados por serem festas populares, cuja principal característica é a presença marcante dos ritmos, dança e toda uma representação teatral.

Segundo estudiosos como Théo Brandão, Josefina Novaes, Aloysio Vilela e Pedro Teixeira, a terra alagoana possui a maior diversidade em folguedos. Desses, 14 são natalinos – Baianas, Bumba-meu-boi, Cavalhada, Chegança, Fandango, Guerreiro, Maracatu, entre outros.

Os folguedos surgiram no Brasil com os europeus e africanos que chegaram à época de Pedro Álvares Cabral.

Alagoas é uma região muito especial, mesmo sendo, nos primórdios comandados por Pernambuco – “O Leão do Norte”. A Asfopal – Associação dos Folguedos Populares de Alagoas-, presidida por Geraldo José da Silva, é uma instituição fundada desde 27 de dezembro de 1985 e foi criada com o objetivo de reunir os mestres da cultura popular visando divulgar e valorizar os folguedos alagoanos, bem como as atividades desenvolvidas nos bairros da cidade. A missão é proteger e amparar os grupos na luta contra o total esquecimento imposto pelos governantes e pela sociedade alagoana as verdadeiras manifestações da cultura popular.

Giro dos Folguedos



Promovido pela Prefeitura de Maceió, por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), o Giro dos Folguedos está colorindo a orla de Maceió e incentivando a cultura para o povo alagoano.

Muitas famílias e turistas podem ver a força da expressão cultural em cada folguedo apresentado. Desde a estreia em janeiro de 2013, o projeto já percorreu diversos bairros de Maceió, viabilizando o contato direto de maceioenses e turistas com mestres e brincantes da cultura popular. O projeto atrai um público diverso de maceioenses e turistas que demonstram encantamento ao se deparar com o colorido, os ritmos e os cantos das manifestações populares da cidade.

Guerreiro



Característico de Alagoas, o guerreiro nasceu da mistura do Reisado, Auto dos Caboclinhos, Chegança e Pastoril, guardando com o primeiro uma grande semelhança, quebrada apenas pelo maior número de figurantes e episódios, além de trajes mais ricos e cantigas mais belas.
È uma seqüência de cantigas dançadas por um conjunto de bailarinos paramentados de vestimentas multicoloridas, imitando antigos trajes da nobreza colonial. È justamente a vestimenta que mais chama a atenção neste folguedo. Nestes paramentos, as seda, o brocado e os metais e pedras preciosas são substituídos, pelo gosto e possibilidade econômica do povo, por fitas, espelhos, enfeites de árvore de natal, contas coloridas, diademas e coroas de imitação.
A coreografia é basicamente variada, apresentando “entremeios”, como no Reisado, destacando-se, entre estes, o da Estrela de Ouro, da Lira, da Sereia, do Índio Peri e do Sapo.
Seus personagens são: o rei e a rainha, mestre e contra-mestre, embaixadores, general, lira, Índio Peri e seus dois vassalos, mateus, palhaço, catirina, caboclinho, estrela de ouro, estrela brilhante, estrela republicana, borboleta, sereia, banda da lua e figuras – personagens que só cantam e dançam, apenas para dar mais beleza ao folguedo.
Venham conhecer nossa terra...
“Não há quem não morra de amores por Alagoas!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário